De cheiro a hologramas: tecnologia 6G trará avanços sensoriais que podem revolucionar relações humanas, dizem pesquisadores
Enquanto a internet 5G começa a ser aproveitada e desenvolvida, pesquisadores já concentram forças para alcançar a próxima etapa do avanço tecnológico.
Ainda que a capacidade de inovação do 5G sequer tenha sido alcançada, pesquisadores já se debruçam sobre a próxima etapa da tecnologia, o 6G. Centros de pesquisa de ponta do Brasil, como o Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), possuem grupos focados no desenvolvimento das novas possibilidades. Dentre as muitas evoluções, especialistas preveem avanços sensoriais – como em estímulos do olfato – e até hologramas que podem revolucionar as relações.
A corrida para alcançar a tecnologia 6G é tema do último episódio da série de reportagens do EPTV 1 sobre o 5G, exibida nesta semana. Assista à matéria completa no vídeo acima.
Pró-reitor de pós-graduação e pesquisas do Inatel, José Marcos Camara Brito afirma que as novas tecnologias em comunicações móveis normalmente são desenvolvida dez anos antes do lançamento comercial.
“Vai trazer uma série de novas aplicações com a integração do mundo físico, o mundo biológico, com o mundo digital”, afirma o pesquisador.”
A pesquisa sobre o 6G parte do princípio de que, apesar de ser muito difícil estimar as aplicações da tecnologia para a próxima década, o desenvolvimento dela começa hoje. É o que explica o pesquisador de engenharia e tecnologia do Inatel Hugo Rodrigues Filgueiras.
“O que a gente precisa ser é criativo. Então a gente prepara uma rede, prepara a tecnologia e depois vem a criatividade de quem quer usar e aí uma nova aplicação que a gente não consegue nem imaginar ainda pode aparecer”, afirmou Filgueiras.
Mas, ao prever o que será desenvolvido, Filgueiras destaca a tecnologia sensorial. “A gente percebe alguns casos de uso muito diferentes, alguma coisa que pode até meio futurística demais, como comunicação sensorial, algum cheiro de comida quando ligar para a mãe no final de semana”.
Vice-presidente de pesquisa, inovação e desenvolvimento da empresa de tecnologia Ericsson, Edvaldo do Santos é enfático ao pensar nas inovações que o 6G trará. “Você pode fazer visitas gastronômicas fantásticas antes de mesmo de escolher onde quer jantar”.
“Imagine uma senhora que não a filha há mais de 20 anos e tem a sensação de tê-la ao lado dela e sentir o cheiro dela. É disso que a gente está falando, de trazer novas relações no relacionamento entre seres humanos, entre pessoas”.
Hologramas
Gerente de soluções em comunicação sem fio do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQD), Gustavo Correa, também potencializa a capacidade do 6G desenvolver ainda mais os hologramas.
“Em 6G já se fala em transmissão holográfica. Você conseguir ter terminais que colocam uma pessoa, um holograma de uma pessoa como se estivesse com você no dia a dia”.
Mas, e o 5G?
Edvaldo do Santos afirma que o 5G, já em funcionamento no Brasil e em Campinas, também será base para diversas tecnologias. Ele prevê que as pessoas vão poder controlar objetos por meio de estímulos cerebrais ou dos dedos em até 7 anos.
“No máximo até 2030, isso é uma convicção, seremos capazes de controlar o movimento de objetos com estímulos do corpo humano e do cérebro. Então você, com o movimento dos dedos, e não com um joystick físico, controla, por exemplo, uma linha de produção”.
“Você pode aplicar esse tipo de conceito para que venha em suporte a pessoas que tenham nascido com algum tipo de deficiência de mobilidade e assim por diante”.
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Índice
- De cheiro a hologramas: tecnologia 6G trará avanços sensoriais que podem revolucionar relações humanas, dizem pesquisadores
- Enquanto a internet 5G começa a ser aproveitada e desenvolvida, pesquisadores já concentram forças para alcançar a próxima etapa do avanço tecnológico.
- Hologramas
- Mas, e o 5G?
- Big Data e Análise de Dados: Transformando Informações em Inteligência Estratégica
- Cabo EllaLink Impulsionará Conectividade na América Latina e Europa
- Tecnologias Emergentes em Telecomunicações: Moldando o Futuro da Conectividade